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Conselho Consultivo da EEUM em entrevista: Ricardo Rio

Ricardo RioCiclo de entrevistas aos membros do novo conselho consultivo da Escola de Engenharia. Nesta edição entrevistamos o Dr. Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.

O Conselho Consultivo da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) é o órgão de aconselhamento dos órgãos de governo da Escola para assuntos de definição estratégica. Composto por nove personalidades externas à instituição, de reconhecido mérito nos domínios da sua atividade, estes têm como missão pronunciar-se sobre assuntos de caráter pedagógico, científico e de interação com a sociedade.

Como percecionou o convite para integrar o Conselho Consultivo da EEUM?

É com honra, sentido de responsabilidade e respeito institucional que integro este órgão de aconselhamento. Esta é uma oportunidade para contribuir activamente para uma estrutura dinâmica e que ao longo dos últimos anos tem mantido uma relação muito próxima com o Município de Braga nas várias vertentes da sua actividade.

Em termos gerais, quais as principais mais-valias que considera que um órgão de aconselhamento como este pode trazer para a estratégia da EEUM?

Uma vez que é composto por um conjunto de personalidades com vasta experiência em áreas tão distintas da nossa sociedade, este órgão deve apontar o caminho e indicar os principais vectores estratégicos de desenvolvimento da EEUM. Além das figuras de gestão da Academia minhota, este Conselho agrega autoridades públicas regionais e nacionais, bem como personalidades de destaque nos sectores empresariais e científicos, em torno da mesma estratégia. São factores importantes para uma efectiva partilha de informação, podendo ainda ser um elemento facilitador de ligação às empresas e instituições, à gestão e desenvolvimento regional, fomentando a inovação e empreendedorismo, com o intuito de “fazer acontecer”.

Qual a sua perceção da evolução da EEUM e do seu contributo para o desenvolvimento da região do Minho nos últimos cinco anos?

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho tem estado na vanguarda da elaboração e implementação de projectos importantes e transformadores do território. Ao longo dos últimos anos tem sido um parceiro fundamental de vários organismos públicos e privados, e com forte ligação ao tecido económico da região. A título de exemplo, recordo o projecto de Investigação e Desenvolvimento (I&D), desenvolvido em parceria com Bosch Car Multimedia Portugal que quanto a mim é uma parceria exemplar para o futuro da economia portuguesa, comprovando que existe uma estratégia conjunta a ser delineada entre todos os agentes do território.

De que forma pode a EEUM desempenhar um papel mais ativo junto das autarquias no sentido de as apoiar quer a nível estratégico, quer operacional?

A EEUM é um centro de criação de conhecimento para o desenvolvimento económico. Na sociedade actual, o conhecimento produzido nas Universidades transformou-se no principal factor de produção e de inovação, dando respostas às necessidades concretas do universo laboral. A Escola de Engenharia tem sido um elemento fundamental dessa ligação de sucesso e deve dar continuidade a esse caminho.

A Escola de Engenharia tem como missão ser um motor de criação de indústrias inovadoras, com e de futuro, colaborativas e competitivas a nível nacional e internacional. Em que medida esta missão está, ou poderá ser alinhada com o plano estratégico de desenvolvimento de Braga?

Como gestores autárquicos, temos a missão de pensar o futuro. Por isso, desde a primeira hora que temos trabalhado com todos os agentes do território nas suas mais diversas facetas e áreas de actuação e a Escola de Engenharia tem sido um parceiro para o desenvolvimento da nossa estratégia para Braga. O Município assumiu o papel de parceiro activo e cooperante e o Plano Estratégico, que surgiu em 2014, tem vindo a ser desenvolvido com a colaboração e a visão integrada de diversas entidades e personalidades que connosco decidiram pensar território, pensar estratégia e, acima de tudo, pensar o futuro. Como não podia deixar de ser, ao longo destes anos a Escola de Engenharia tem sido parte integrante deste Plano Estratégico em áreas tão distintas como a mobilidade e regeneração urbanas, revitalização económica e industrial, assim como no aumento da competitividade empresarial.

No passado dia 06 de outubro, a Escola de Engenharia apresentou oficialmente a sua assinatura de marca “Tomorrow Needs Engineering”. Trata-se de uma iniciativa da atual presidência com o intuito de afirmar o posicionamento da EEUM como instituição de ensino e investigação moderna com capacidade e provas dadas para enfrentar os desafios de “amanhã”, e uma comunidade convicta de que a Engenharia que cria diariamente fará a diferença no Futuro. Entende que foi oportuna esta iniciativa? A assinatura de marca em inglês, na sua opinião, reflete o conceito que se pretende associar à marca?

Vivemos numa sociedade global e, como tal, temos que passar a nossa mensagem além-fronteiras. Essa é uma forma de captar novos públicos e de vários pontos do mundo, adoptando uma linguagem universal para alunos e investigadores nacionais e internacionais. Uma Universidade não se pode fechar em si mesma, na sua região ou no seu país. Tem de alargar horizontes e ser o mais abrangente possível. “Tomorrow Needs Engineering” é mais uma forma de a EEUM dizer que tem uma visão de futuro, que acredita nos seus valores e sobretudo, que esse futuro passa pela Engenharia e pela Investigação.

 

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