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ALGORITMI participa no NETEDGE, projeto de ID&T no valor de 2M€

O Centro ALGORITMI da Escola de Engenharia da Universidade do Minho é uma das entidades envolvidas no NETEDGE, um projeto de investigação e desenvolvimento tecnológico (ID&T) no valor de dois milhões de euros liderado pela empresa dstelecom  que será executado em copromoção com a UMinho (via ALGORITMI), o Instituto de Telecomunicações, e as empresas e bysteel fs, Fapajal e Bee Engineering S.A.

O NETEDGE está focado em computação de borda (em inglês, edge computing ) para utilizadores de redes de fibra ótica e visa a investigação e desenvolvimento de tecnologias de ponta na área da computação distribuída.

O principal objetivo desta investigação, que tem um prazo de execução de 31 meses, passa por proporcionar recursos de computação e armazenamento próximos à fonte para reduzir o tempo de resposta e o consumo de largura de banda.

A computação de borda além de potenciar a tecnologia do 5G, será vital para satisfazer os exigentes requisitos das aplicações que requerem uma latência ultrabaixa e uma largura de banda elevada. A indústria, em conjunto com organismos de normalização e parceiros de I&D, tem colaborado no sentido de criar normas, componentes de software e arquiteturas de referência, sendo o MEC – Multi-access Edge Computing do ETSI o mais relevante. No entanto, ainda não existe uma solução de mercado interoperável e agnóstica.

Neste contexto, os parceiros NETEDGE identificaram uma oportunidade estratégica que visa o desenvolvimento de um sistema MEC, passível de ser explorado e replicado, criando assim oportunidades de negócio para todos os participantes. As atividades de investigação incluem ainda contribuições ao nível das garantias de segurança e da orquestração da rede de Plataformas MEC.

O protótipo deste sistema será testado e validado em ambiente real, facilitado pela participação da bysteel fs e da Fapajal, parceiras industriais do projeto, que possibilitam a aplicação da tecnologia a dois casos de uso distintos de indústria 4.0.

Helena Fernandez
Helena Fernandez

Para Helena Fernández, investigadora responsável da equipa UMinho, este projeto representará uma oportunidade para investigar tecnologias inovadoras, com potencial para criar avanços tecnológicos que responderão a questões sociais fundamentais. Além disso, permitirá cooperar com parceiros relevantes, em particular a empresa dstelecom, com a qual a UMinho estabeleceu uma importante colaboração de longo prazo.

Por sua vez, João Faria da dstelecom acrescenta que “este projeto espelha o sucesso que a cooperação entre a UMinho e a dstelecom projetam em termos de resultados científicos e de impacto socioeconómico. No contexto do modelo de negócio da empresa, este projeto permitirá alargar o espectro da oferta comercial e irá dotar a mesma de conhecimento num segmento em grande expansão.” Ainda no que concerne ao impacto específico na atividade das empresas envolvidas, João Faria explica que “Para a BySteel, este piloto irá permitir dotar a sua unidade fabril com tecnologia de ponta no domínio da indústria 4.0, com impacto direto na segurança dos seus colaboradores e também no aumento da capacidade produtiva.”

 

Quais são os benefícios da computação de borda?

A computação de borda pode significar serviços mais rápidos e estáveis a um custo reduzido. Para os utilizadores significa uma experiência mais rápida e consistente. Para empresas e provedores de serviços, significa aplicações com baixa latência e alta disponibilidade e monitorização em tempo real.

A computação de borda pode reduzir os custos de rede, evitar limites de largura de banda, diminuir os atrasos na transmissão, restringir as falhas no serviço, além de oferecer maior controlo sobre a movimentação de dados confidenciais. O tempo de carregamento é reduzido e os serviços online são estabelecidos mais próximo dos utilizadores para viabilizar recursos de armazenamento em cache dinâmico e estático.

Para aplicações que beneficiam de tempos de resposta menores, como as de realidade virtual e aumentada, a computação de borda é uma grande vantagem.

Outros benefícios da computação de borda incluem a habilidade de conduzir análises de big data e agregação localmente, possibilitando a tomada de decisões quase imediata. Além disso, a computação de borda reduz o risco de exposição de dados confidenciais porque o processamento ocorre na rede de acesso. Deste modo, as empresas conseguem, mais facilmente, implementar práticas de segurança e estar em conformidade com as políticas regulatórias.

Mais informações acerca do projeto NETEDGE podem ser consultadas aqui.