Projeto de João Gaspar Cunha perspetiva uma nova geração de parceiros robóticos neuroadaptativos
João Gaspar Cunha, estudante de doutoramento em Engenharia Eletrónica e de Computadores da Universidade do Minho, conquistou o prémio “Best Innovation in HRI NeuroDesign Award”, na conferência internacional “IEEE RO-MAN”, realizada nos Países Baixos. O galardão distingue projetos pioneiros na interação humano-robô e na ronda final da competição havia outros 14 participantes do Canadá, Espanha, EUA, Índia, Irão, Itália e Países Baixos.
“O trabalho de doutoramento é por vezes ingrato, porque exige bastante tempo e dedicação, por isso estou muito feliz por este reconhecimento, que é também para a UMinho e para Portugal”, refere João Gaspar Cunha. O seu estudo laureado, “The neuroevolution of collaborative decision-making in robotic assistants”, explora como os robôs podem aprender a colaborar naturalmente com os humanos.
A investigação aplica princípios da neuroevolução e da teoria de campos dinâmicos neuronais para criar sistemas adaptativos e interpretáveis, capazes de decidir quando ajudar e quando agir de forma autónoma em tarefas partilhadas, explica. Supervisionado pelos professores Estela Bicho e Wolfram Erlhagen (UMinho) e Raymond Cujpers (Universidade Tecnológica de Eindhoven, TU/e), o projeto tem em vista uma nova geração de parceiros robóticos neuroadaptativos, capazes de colaboração fluida e semelhante à humana, moldada pelos princípios do cérebro.
Natural de Braga e com 28 anos, João Gaspar Cunha fez o mestrado integrado em Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores pela UMinho, realiza o doutoramento na mesma área pela UMinho e pela TU/e, com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, e desenvolve a pesquisa no Laboratório de Robótica Móvel e Antropomórfica do Centro Algoritmi, na Escola de Engenharia da UMinho, em Guimarães. Foi investigador do Laboratório Colaborativo de Transformação Digital (DTx), docente convidado do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e tem participado em congressos e com artigos em revistas científicas internacionais.