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Projeto de cibersegurança, envolvendo a EEUM, recebe 4,5 milhões de euros

Horizonte Europa tem reservados 4,6 milhões de euros para o projeto CROSSCON, onde participa o Centro ALGORITMI, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. Instituição portuguesa pode receber até 577,2 mil euros.

A Internet das Coisas (IoT) traz novos desafios de cibersegurança. Numa altura em que os ataques informáticos são cada vez mais frequentes, o projeto CROSSCON (Cross-platform Open Security Stack for Connected Devices) quer inovar na segurança de dispositivos e aplicações de IoT.

O projeto europeu CROSSCON pretende mitigar os problemas de segurança atuais associados à necessidade de existirem dispositivos totalmente distintos entre si ligados à Internet. Trata-se de uma solução denominada de security stack (camada de segurança, em português), a qual será capaz de providenciar diferentes níveis de segurança aos dispositivos ligados, tais como impedir o acesso externo a informação sensível, permitir ligação segura e controlada dos dispositivos, providenciar mecanismos de autenticação multi-fator e atualizações remotas autorizadas e seguras.

Liderado pela ATOS (Espanha), líder internacional em transformação digital, com 111 mil colaboradores, e com validação científica da Universidade de Trento (Itália), o consórcio europeu envolve ainda cinco PME de países como Espanha, Hungria, Eslovénia, Polónia e Suíça e as universidades do Minho e de Darmstradt e Wurzburg (Alemanha).

Para os investigadores do Algoritmi, o facto de os dispositivos de IoT terem uma grande «heterogeneidade de configurações de hardware» faz com que seja «necessária a coexistência de diversas tecnologias e funcionalidades de segurança totalmente distintas entre si e com diferentes requisitos de criticidade».

Esta realidade leva a que o «processo tecnológico envolvido no desenvolvimento de abordagens e mecanismos de segurança que visam a protecção destes dispositivos» se torne «um desafio ainda maior», lembra Sandro Pinto, investigador principal. A este responsável, juntam-se Tiago Gomes, João Luís Monteiro e David Cerdeira.

Com duração de 36 meses, não será necessário esperar pelo fim do projeto para a sua entrada no mercado. Como adianta o investigador Sandro Pinto, “durante a execução do projeto, e à medida que os artefactos comecem a surgir, é expectável que a sua utilização possa ser imediata. Isto vai permitir que os utilizadores possam ir avaliando a CROSSCON stack já durante o seu desenvolvimento. Não só se consegue uma adoção precoce, como também se consegue ter um constante feedback sobre os potenciais problemas ou dificuldades na utilização da solução”.

FONTE: Portugal Global e Tek Sapo

 

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Equipa CROSSCON