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ESI – Engenharia, Soluções e Inovação

A ESI – Engenharia, Soluções e Inovação, foi uma das primeiras Spin-Offs da Universidade do Minho, criada em 2007. Atualmente, é uma empresa de base tecnológica que desenvolve soluções industriais à medida das necessidades específicas de cada cliente, e trabalham para industrias tão distintas como alimentar, metalomecânica, automóvel e polimérica.

Tudo começou por um projeto curricular do curso de Engenharia Mecânica. Gil Sousa, Reinaldo Ribeiro e Luís Leitão formaram um grupo de trabalho e, hoje, continuam focados em criar soluções inovadoras que nunca foram desenvolvidas. Sediada em Famalicão, a ESI é uma empresa I&D que aplica o conceito de Indústria 4.0 e conta já com mais de 30 colaboradores.

Como surgiu a ESI?

No final do curso tínhamos uma unidade curricular onde tínhamos de desenvolver um mecanismo que apresentasse alguma inovação e nós, um grupo de três alunos, desenvolvemos um sistema para elevar utilizadores de cadeiras de rodas para ambulâncias e o que diferia do que já existia no mercado porque ocupava menos espaço no interior do veículo e utilizava menos combustível. O Professor Pimenta Claro, nosso professor na altura, gostou do projeto e incentivou-nos a concorrer ao primeiro concurso de inovação promovido pela TecMinho, onde o prémio foi a patente do equipamento. Ao termos contacto com outras empresas e a realidade do mundo empresarial, apercebemo-nos de um nicho na área do projeto mecânico, não havia empresas que fizessem consultoria de projetos mecânicos e começaram, inclusivamente, a pedir-nos esse serviço. Como já tínhamos contacto anterior com a TecMinho, decidimos criar a Spin-Off e, assim, surgiu a ESI, em 2007, enquanto Spin-Off, uma das primeiras da UMinho. Depois em 2012, abrimos enquanto empresa. No fundo foi lá atrás, no projeto das aulas de Engenharia Mecânica, onde tudo começou.

Que expectativas tinham na altura, quando surgiu a Spin-Off?

Nós sempre tivemos a ambição de ser empresa, de desenvolver soluções customizadas. Ainda não tínhamos era bem noção se nos íamos manter apenas na consultoria de projetos mecânicos ou se passaríamos, também, para a parte produtiva, mas mais tarde tornou-se quase obrigatório porque começamos a ganhar projetos de médio e grande volume com empresas já grandes, e começamos a perceber que teríamos de dominar todo o processo. Mais uma vez o mercado ditou o nosso rumo: as empresas queriam soluções chave na mão, ou seja, desde o projeto, a produção e a instalação. Inicialmente começamos a subcontratar empresas, mas rapidamente percebemos que temos de dominar o processo todo.

Que benefícios considera ser mais relevantes para as empresas com o estatuto Spin-Off Universidade do Minho?

Numa primeira fase foi importante para nós no apoio que a TecMinho nos dava ao nível da formação em várias áreas, como o marketing e a gestão de empresas, e na transferência de tecnologia e propriedade intelectual. A ponte entre a universidade e o mundo empresarial foi muito importante, e também ao nível dos contactos e networking com outras empresas e spin-offs.

A Indústria 4.0 e as necessidades de adaptação das várias industrias e processos produtivos é hoje uma realidade mais do que falada e sentida. Quais as principais mudanças que esta realidade trouxe à atividade da ESI, face à época em que a Spin-Off foi criada?

O conceito “Indústria 4.0” com esse nome foi apresentado pelo Governo alemão em 2012, mas nós já trabalhávamos o conceito uns anos antes, apesar de ainda não ter surgido essa denominação. Basicamente, permitiamos uma maior flexibilidade produtiva e termos informação em tempo real do que está a acontecer em toda a linha produtiva, inclusivamente permitir o sistemas de máquinas tomar decisões autonomamente, entrando já no machine learning.

Quais são os próximos objetivos da empresa?

Temos tido vários desafios ao longo destes 15 anos, mas mais recentemente apareceu-nos um projeto confidencial de elevado volume, que representa mais do triplo da nossa faturação anual. É um projeto muito aliciante, mas com muitos riscos associados, e para já esse é o foco da empresa. A internacionalização é outro desafio complexo para a empresa, e embora tenhamos privilegiado o mercado português, temos desenvolvido grandes projetos de alta tecnologia com multinacionais como o Ikea e a Continental. No final de contas, o mais importante para nós é conseguirmos inovar e darmos produtividade aos nossos clientes.

De que forma mantém a ligação à Escola de Engenharia, tendo em conta que foi a génese da ESI?

De uma forma geral, há boas universidades em Portugal a ensinar engenharia. Temos parcerias com várias delas, mas temos uma ligação muito grande à Universidade do Minho que é logo umbilical, que começa logo com a criação da empresa. E, continuamos, sem dúvida, a manter essa ligação, não só porque acreditamos na qualidade do ensino da Escola de Engenharia, mas também porque através de participação e eventos e formalização de protocolos, temos desenvolvido em conjunto de várias iniciativas que nos permitem manter a proximidade.

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