O Conselho Consultivo da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) é o órgão de aconselhamento dos órgãos de governo da Escola para assuntos de definição estratégica. Composto por nove personalidades externas à instituição, de reconhecido mérito nos domínios da sua atividade, estes têm como missão pronunciar-se sobre assuntos de caráter pedagógico, científico e de interação com a sociedade.
Como percecionou o convite para integrar o Conselho Consultivo da EEUM?
Com bastante agrado, a ligação às universidades é de extrema importância e fazer parte deste conselho é para mim um valor acrescentado enquanto empresário.
Em termos gerais, quais as principais mais-valias que considera que um órgão de aconselhamento como este pode trazer para a estratégia da EEUM?
A experiência que tenho enquanto empresário na área industrial pode trazer um sentido mais prático aos projetos. Mais do que a partilha de conhecimentos, o “know-how” de terreno que fui adquirindo ao longo do tempo, irá ser seguramente o ponto de colaboração mais interessante não só para a implementação como para a própria “criação” de estratégias bem estruturadas…pode ajudar a ganhar tempo.
Qual a sua perceção da evolução da EEUM e do seu contributo para o desenvolvimento da região do Minho nos últimos anos?
A evolução é visível, a EEUM é um polo de conhecimento nesta área e tem colocado no mercado profissionais qualificados de grande valor, o que tem em muito contribuído para que a indústria nacional dê cartas no cenário internacional. A nossa indústria nacional é procurada para produzir para as grandes marcas internacionais, em diversas áreas de negócio.
De que forma pode a EEUM desempenhar um papel mais ativo junto das empresas quer no sentido de as apoiar na formação contínua de recursos humanos, quer em termos mais operacionais, como a resolução de problemas nas áreas produtivas?
Acho obrigatória a ligação entre as empresas e a Universidade. É importante também que no processo de apoiar na formação de recursos humanos, a Universidade tenha a preocupação de conhecer bem as empresas e os seus processos para que ao propor uma ação de formação esta esteja totalmente adequada à empresa e se revele uma mais-valia.
A Lameirinho é uma empresa que existe desde 1948. Como se alia a inovação que a própria indústria e o setor exigem, com a história e tradição de uma empresa familiar?
De uma forma muito simples; a LAMEIRINHO já vai na 3ª geração e com uma visão muito alinhada no que diz respeito à evolução dos tempos e na necessidade de investir para se manter atualizada., olhamos muito para as necessidades do mercado e apostamos muito em Inovação & Desenvolvimento. Sabemos que a aposta na diferenciação permite-nos estar no radar do mercado e só desta forma é que a indústria nacional tem hipótese de se manter na linha da frente, já que não competimos por preço.
No seu 45º aniversário, a Escola de Engenharia apresentou oficialmente a sua assinatura de marca “Tomorrow Needs Engineering”. Trata-se de uma iniciativa da atual presidência com o intuito de afirmar o posicionamento da EEUM como instituição de ensino e investigação moderna com capacidade e provas dadas para enfrentar os desafios de “amanhã”, e uma comunidade convicta de que a Engenharia que cria diariamente fará a diferença no Futuro. Entende que foi oportuna esta iniciativa? A assinatura de marca em inglês, na sua opinião, reflete o conceito que se pretende associar à marca?
O futuro necessita de fato de engenharia e por isto entende-se, uma forte necessidade de construção de uma forma pensada e organizada, por isso sim, acho que esta iniciativa foi oportuna e o “slogan” em inglês aplica-se na perfeição, uma vez que falamos constantemente em globalização.
Créditos da fotografia: Jornal T Digital