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Opinião: Sustenta O Futuro

Todos os estudantes pensam no seu futuro. Quer seja a curto, médio ou longo prazo, quer remeta para a vida académica, profissional ou pessoal, todos se questionam sobre como será e como se desenrolará e todos tentam colmatar tal inconsequência e questão através da pesquisa, descoberta e aplicação de novos saberes, não aceitando, porém, que o futuro não acontece. Fomenta-se e sustenta-se.

Desde cedo, a Engenharia Biológica está associada ao desenvolvimento sustentável, promovendo, em todas as suas linhas, a preservação do planeta e dos seus recursos, através da passagem de conhecimento, não descurando das necessidades dos seus alunos e alumni.

Este ano, tal como em anos passados, o Núcleo de Estudos de Engenharia Biológica, assume a organização das Jornadas de Engenharia Biológica, que contam já com vinte edições bem-sucedidas e que decorrem nos próximos dias 27, 28 e 29 de novembro, no Campus de Gualtar. E tal como nas edições anteriores, este evento tem como objetivo fomentar o conhecimento, despertando as curiosidades e os interesses não só dos estudantes de Engenharia Biológica, mas de todos os estudantes da Academia Minhota.

A criação de um futuro e de um percurso profissional atormenta todos os estudantes, promovendo uma lista infindável de questões que alumni, pais e professores não conseguem responder num só golpe, sendo, portanto, necessária e obrigatória uma ação mais proativa e conjunta. Mesmo quando sabemos o que queremos fazer, não sabemos como o fazer, que caminhos seguir, que exemplos admirar e mais uma vez criamos uma lista de questões que fazemos a quem nos acompanha.

Todos os alunos, todos os alumni e até todos os professores reconhecem esta indecisão e este processo de decisão. No entanto, raras são as ocasiões em que nos é dado o acesso ao saber total, isto é, são nos dadas ferramentas que nos ajudarão a criar o nosso futuro, mas não são dadas ferramentas que nos ajudam a decidir esse futuro, nem a sustentá-lo. É-nos dado o início de algo, o início de um percurso profissional, o início de uma carreira na academia, na indústria, onde quer que seja, mas falta concluir essa dádiva, falta terminar os ensinamentos. Faltam momentos de partilha de conhecimentos que não estão no programa, porque as experiências contam e as vivências são tangíveis e um recém-mestre não sabe exatamente como criar o seu próprio caminho, mas se tiver exemplos a seguir, saberá, com certeza, que caminho mais se adequa.

É esta inconsistência no ensino, esta falha que não decorre dos professores apenas, mas sim de todo o sistema educativo, que o NEEB tenta preencher com a organização das Jornadas de Engenharia Biológica. Não é apenas para complementar uma formação académica, é, principalmente, um modo de alunos, quer estejam decididos ou não, contactarem com experiências, empresas e ideias que se definam como diferentes e como sustentáveis. Nem todos os percursos são igualmente sustentáveis, nem todos os engenheiros são criados de igual forma e nós, os futuros engenheiros, sabemos disso.

Rita Sebastião Bernardo, aluna de 5º ano do ramo de Tecnologias do Ambiente do Mestrado Integrado em Engenharia Biológica, tesoureira do Núcleo de Estudos de Engenharia Biológica - NEEB

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