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Arranque do projeto de recuperação de infraestruturas hídricas de Braga

No âmbito do protocolo assinado, a 16 de novembro de 2022, entre a Fundação Bracara Augusta, a AGERE, a Universidade do Minho e as 37 Uniões e Juntas de Freguesia, no qual se prevê a colaboração da Escola de Engenharia, no Dia mundial da Água, as entidades envolvidas apresentaram a primeira iniciativa do projeto, intitulada ‘Memórias do Tanque’, que visa requalificar os lavadouros, tanques de rega e fontanários públicos de Braga.

Na apresentação, que decorreu na Café Vianna e contou com uma recriação das lavadeiras pelo grupo de teatro MalaD’arTe, Rui Morais, administrador executivo da AGERE, falou da necessidade de colocar “o património da água e dos recursos hídricos no centro da discussão”. “Podemos reaproveitar esses recursos hídricos, mesmo tendo uma excelente água de consumo humano no concelho, podemos reaproveitar esses recursos para outras valências”, aponta.

O projeto arrancou, no passado dia 22 de março, na Freguesia de Sobreposta, com a identificação de 40 infraestruturas. A intenção, segundo Rui Morais, é, ao longo do ano, identificar as necessidades de cada infraestrutura nas 37 freguesias, sendo o objetivo final a reabilitação e a dinamização de cada uma. A iniciativa prevê também a realização de ações de dinamização cultural em cada freguesia e a recolha de testemunhos dos bracarenses mais antigos.

“Queremos fazer estas recriações históricas, conversar com as pessoas dos lares, as pessoas mais antigas das freguesias”, revela, acrescentando que, no seu entender, “se não falarmos com aqueles que vivenciaram essas experiências, nunca teremos a verdade histórica do que aconteceu”. “Portanto, o objetivo é, nesta primeira fase, trazer as memórias, as histórias e os materiais que as pessoas possam ter como, por exemplo, fotografias, para depois criar toda uma narrativa histórica em volta de cada um desses espaços”, indica.

A apresentação contou com a presença de Miguel Bandeira, presidente da Fundação Bracara Augusta, que enalteceu a importância do projeto e da água. Em representação da Universidade do Minho, o professor e investigador do Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia, Paulo Ramísio destacou “o engenho dos nossos antepassados e a importância das memórias do nosso coletivo”. “A água é o bem mais valioso do nosso planeta”, salientou, vincando a necessidade de “a tratar bem”.

Também presente na iniciativa, a professora Ana Maria Macedo frisou a necessidade de “revitalizar este património” e de “abrir a janela do passado, transmitindo aos mais jovens como eram as coisas há uns anos”.

FONTE: RUM