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Nova linha de investigação do CMEMS envolve Engenharia Mecânica na Medicina

Oscar Carvalho e a sua equipa estão a desenvolver uma linha de investigação inovadora que integra conhecimentos de engenharia mecânica na área da medicina. Com uma abordagem inovadora, a equipa está a analisar o corpo humano através de um ponto de vista mecânico, investigando todos os mecanismos e modos de funcionamento do corpo como se fosse uma máquina complexa. Esta perspetiva permite entender não apenas as propriedades mecânicas dos tecidos, mas também como variações nestas propriedades podem estar relacionadas com patologias, como o cancro. Além dos materiais, também estudam a complexidade dos mecanismos existentes no corpo humano, como o abrir e fechar das “válvulas” do coração, que fazem lembrar um sistema de injeção e escape de um motor de combustão.

A mais recente aquisição do centro de investigação CMEMS/LABBELS, um equipamento de elastografia da marca GE, está a gerar grande entusiasmo na equipa.

O Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) acolheu a demonstração deste novo equipamento, o que gerou muito entusiasmo nos presentes. Este evento foi patrocinado pelo projeto Brainstimap – Mapeamento e modelação do perfil de transmissão de estímulos óticos e mecânicos no cérebro para otimizar a estimulação transcraniana para combater doenças neurológicas e psiquiátricas.

O equipamento permite medir e verificar as propriedades mecânicas de tecidos biológicos com precisão, abrindo novas possibilidades para a investigação médica. Duas investigadoras do CMEMS irão dedicar os próximos anos a explorar as potencialidades deste equipamento.

Trata-se de uma abordagem desafiante, onde engenheiros mecânicos e biomédicos aplicam as mesmas leis que regem o funcionamento de máquinas convencionais para entender o corpo humano. Embora o corpo seja uma máquina extraordinariamente complexa, as leis mecânicas são universais. Esta complexidade não só desafia os investigadores, mas também serve de fonte de inspiração – a “biomimética” – para o desenvolvimento de novas invenções e tecnologias baseadas na incrível sofisticação do corpo humano.

“A engenharia mecânica é linda; não se trata apenas de estudar porcas e parafusos, alumínios e aços, maquinar ou fundir. A engenharia mecânica vai além disto e consegue ajudar a perceber a beleza que é o nosso corpo humano” refere publicação do DEM nas suas redes sociais

A equipa está incrivelmente entusiasmada com as possibilidades desta investigação. A visão de Oscar Carvalho e da sua equipa está a abrir novas fronteiras na interseção entre engenharia e medicina, prometendo avanços significativos na compreensão e tratamento de doenças, e mostrando como a ciência pode transformar a nossa abordagem ao estudo e cuidado do corpo humano.

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