Uma equipa formada pelos estudantes Weronika Wojtak, Flora Ferreira e Paulo Vicente, dos programas doutorais em Matemática e em Engenharia Eletrónica e Computadores da Universidade do Minho, está entre as 16 finalistas do 1º Prémio da “2019 International Collegiate Competition for Brain-inspired Computing”, na China, após vencer a sua eliminatória preliminar.
A final, que conta ainda com equipas da China, Singapura, EUA, Alemanha, Reino Unido e Austrália, é nos dias 19 e 20 de outubro, na Universidade Tsinghua, em Beijing, incluindo roadshows e apresentações orais. Os vencedores da iniciativa, que teve mais de 200 equipas candidatas de todo o mundo, vão receber prémios monetários e um diploma.
A capacidade de adquirir sensibilidade sobre as regularidades ordinais e temporais em muitas das atividades sequenciais é fundamental para o nosso comportamento adaptativo num ambiente inerentemente dinâmico. Neste contexto, apresentamos um modelo neuro-computacional, baseado em campos neuronais dinâmicos, que implementa mecanismos de processamento neuroplausíveis que suportam a aquisição eficiente e a reprodução flexível de sequências complexas com restrições de tempo: What to do? When to do?.
O modelo foi testado em diferentes experiências de robótica no mundo real, como a aprendizagem de uma sequência musical, de representações conjuntas e de sequências de construção de objetos. O robô adquire de início conhecimento sobre os aspetos ordinais e temporais de tarefas sequenciais num paradigma de aprendizagem por demonstração; depois, recorda a informação da memória, tendo em conta potenciais restrições de velocidade. Dotar os robôs com a capacidade de aprender eficientemente sequências complexas com restrições temporais permite melhorar muito a suavidade e fluência das interações humano-robô.
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