O artigo GreenHub: A Large-Scale Collaborative Dataset to Battery Consumption Analysis of Android Devices, da coautoria de Rui Pereira e Marco Couto, do Laboratório de Software Confiável (HASLab), apresenta uma análise rigorosa de mais de 23 milhões de amostras de dados da utilização de smartphones Android, com o objetivo de compreender a eficiência do consumo da bateria.
Escrito em colaboração com Hugo Matalonga, da Universidade do Minho, Bruno Cabral, Pedro Carvalho e João Paulo Fernandes, da Universidade de Coimbra e do CISUC, Fernando Castor, da Universidade Federal de Pernambuco, e Simão Melo de Sousa, da Universidade da Beira Interior e do C4 este artigo foi aceite para publicação na revista científica Empirical Software Engineering, uma das revistas mais conceituadas na área de Engenharia de Software e estudos empíricos. Publicada pela Springer, a revista foi classificada em 2019 com um fator de impacto de 3.156, estando ainda classificada como Q1, de acordo com o SCIMAGO, e A, de acordo com o Core Rank 2020.
A enorme quantidade de dados analisada representa o espectro completo de informações disponíveis, permitindo aos investigadores identificar as formas de usar e configurações do Android que mais afetam o consumo da bateria. Em concreto, este trabalho apresenta uma nova métrica de eficiência da bateria, a percentagem por minuto (PPM), que ajuda a entender em que situações e configurações do sistema os smartphones Android tendem a carregar ou a descarregar mais a sua bateria. Mais especificamente, este trabalho ajuda a mostrar como diferentes versões do sistema operativo Android, marcas de dispositivos e até modelos de dispositivos podem afetar negativamente o consumo da bateria do respetivo telemóvel.
Na prática, os resultados desta investigação podem ajudar os fabricantes e desenvolvedores de Android a entender em que circunstâncias e configurações de hardware podem ser feitas melhorias no consumo da bateria. Além disso, os resultados podem também dar algumas informações sobre quais as configurações do telefone (Wi-fi, Bluetooth, etc), marcas e até mesmo aplicações móveis podem influenciar o desempenho da bateria do telemóvel, permitindo que tomem decisões mais conscientes sobre a bateria.
Importa referir que esta investigação foi realizada no âmbito das iniciativas GreenHub, SusTrainable, e do Green Software Lab, da qual fazem parte equipas de investigadores do INESC TEC e UMinho, bem como da Universidade de Coimbra e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e financiado pelo projeto C4/UBI – Centro de Competências em Cloud Computing.
Fonte: BIP