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To-Be-Green: uma solução para os 150 milhões de máscaras que os portugueses usam por mês

O ano 2020 ficou marcado pelo surgimento da pandemia de covid-19 e, com ela, milhões de mortes, o quase colapso do sector da saúde e da economia em quase todos os pontos do globo. Simultaneamente, o confinamento obrigatório também a uma escala global trouxe algum “alívio” ao ambiente, com uma redução drástica na emissão de gases poluentes. Porém, a pandemia trouxe outro problema para resolver e preocupar os ambientalistas: os milhares de equipamentos de proteção, entre os quais as máscaras, e outros utilizados quer pela população em geral, quer pelos profissionais de saúde, uma vez que na sua maioria são constituídos por plástico.

“As máscaras descartáveis são constituídas essencialmente por material plástico, pelo que a sua nocividade para o ambiente é semelhante à de outros resíduos de plástico, o que inclui não só impactos na própria produção do plástico, mas também na fase de resíduo”, refere o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC). “Um dos grandes problemas que se verifica com a utilização destas máscaras é também o descarte incorreto para o chão, que pode levar a que estes plásticos acabem no solo, rios e mar, com consequências semelhantes, por exemplo, às dos restantes plásticos quando abandonados: A contaminação do solo e massas de água, não só pelo próprio plástico, mas também pelos materiais que resultam da sua degradação e os efeitos nefastos ao nível da vido marinha”, continua a explicar a mesma entidade, acrescentando ainda: “Se um por cento das máscara descartáveis for depositada incorretamente, além do risco para a saúde pública, são seis toneladas de plástico a entrar nos nossos solos, nos nossos rios e ribeiros, e no mar, todos os meses. E este é um material que demora entre 300 a 400 anos o degradar-se”.

Contudo, numa era onde “Reciclar” é palavra de ordem, não tardaram a surgir em Portugal vários projetos com soluções para este problema, entre os quais a spin-off UMinho To-Be-Green: “Destaca-se, por exemplo o projeto Recolher e Valorizar, desenvolvido pela empresa TO-BE-GREEN, em parceria com o Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho, que assenta na valorização de máscaras de proteção descartáveis. O projeto tem como objetivo recolher as máscaras usadas e transformá-las em pellets de polipropileno, para posterior incorporação como matéria-prima na indústria transformadora, criando novos produtos e promovendo a circularidade dos materiais, sem deixar de cumprir as condicionantes legais aplicáveis à tipologia de projeto”, refere o MAAC, sublinhando que, “entendendo as suas vantagens do ponto de vista ambiental, a Agência Portuguesa do Ambiente já manifestou o seu apoio o este projeto”.

Saiba mais acerca deste projeto e como pode ajudar a minimizar este novo problema ambiental aqui.

Fonte: Nova Gente