O campus de Azurém da Universidade do Minho, em Guimarães, tem agora peças de mobiliário exterior inovadoras, que aproveitam resíduos industriais e apostam no design.
A apresentação daquele mobiliário, oferecido no âmbito do projeto de investigação Geodesign, decorreu no dia 30 de setembro, junto às instalações da Reitoria no campus. A sessão incluiu o descerramento de uma placa alusiva e conta com a presença do pró-reitor para a Qualidade de Vida e Infraestruturas, Paulo Cruz, do presidente da Escola de Engenharia, João Monteiro, e do coordenador do Geodesign, Fernando Castro.
As novas peças distinguem-se pela qualidade estética e funcional e por incorporarem resíduos industriais não perigosos, nomeadamente da fundição, metalomecânica e construção civil, como areias, ceras, materiais refratários e cinzas volantes. Trata-se de uma solução mais ecológica, reduzindo o consumo de recursos minerais e a deposição de resíduos em aterro, e reforça a estratégia de sustentabilidade da UMinho.
O projeto Geodesign resulta de três anos de investigação e é liderado por Fernando Castro, Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Civil da EEUM e responsável da W2V, em Guimarães, onde foram produzidas as peças. Tem ainda a parceria da UMinho, do Centro para a Valorização de Resíduos, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e da Francisco Providência Design. O consórcio conta com 636 mil euros do programa Portugal 2020. Os produtos desenvolvidos têm como mercado a hotelaria e o mobiliário urbano, procurando responder às tendências da arquitetura mundial com conceitos atrativos, diferenciados, sustentáveis e de baixo custo. O projeto estudou ainda um novo processo tecnológico de manufatura, pré-tratamento dos resíduos industriais e dos processos de moldação, conformação e acabamento, bem como a avaliação do impacto económico e ambiental desses fluxos perante múltiplos resíduos industriais.