A Universidade do Minho integra o Consórcio de Escolas de Engenharia (CEE) que assinou esta semana, em Lisboa, protocolos de colaboração com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a Direção-Geral de Ensino Superior (DGES).
Na cerimónia foi protocolada a criação do Centro UNESCO, que pretende para já apoiar com 100 bolsas de doutoramento a formação de docentes e investigadores africanos em países de língua portuguesa, de forma a capacitar as suas instituições de origem. Este projeto envolve o CEE, o Consórcio de Escolas de Ciências Agrárias e a FCT.
O CEE assinou também um protocolo de cooperação com a DGES, que visa estimular a modernização progressiva e a reestruturação do ensino de engenharia no contexto universitário europeu. A cerimónia contou com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e os homólogos de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde, respetivamente Rosário Sambo, Daurtarin Costa e Maritza Peña.
Consórcio de “especial importância”
O evento serviu ainda para oficializar o CEE, que reúne as principais escolas da área em Portugal: a Escola de Engenharia da UMinho (EEUM), a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Instituto Superior Técnico e a Universidade de Aveiro.
Para o presidente da EEUM, João L. Monteiro, este Consórcio reveste-se de especial importância para as seis escolas parceiras: “A nível nacional permitirá, no curto prazo, trabalhar na reformulação dos cursos de Engenharia conforme imposição legal, mas assegurando um consenso mais alargado que permita maior equilíbrio do ensino nas diferentes regiões do país, recusando o foco na especialização de cada instituição, apostando assim na manutenção e no crescimento de formas de cooperação que garantam o ensino universitário em múltiplas áreas de engenharia disseminado pelo país”. Já a nível internacional, acrescentou o responsável, “é a primeira iniciativa conjunta destas escolas para colaborarem na capacitação do corpo docente de países africanos e nos programas de ensino universitário e de I&D&I, como resultou das reuniões tidas com as ministras de Angola e de Cabo Verde”.