Carlos Bernardo, antigo vice-reitor da Universidade do Minho, e Pedro Arezes, Presidente da Escola de Engenharia da UMinho, vão assumir a presidência executiva do Gabinete de Crise e da Transição Económica de Guimarães, criado pela autarquia, em março passado, para mitigar o impacto económico causado pela pandemia da Covid-19.
Após a saída de António Cunha para a CCDR-Norte – assumiu dia 29 outubro a presidência -, o presidente da Câmara de Guimarães e responsável máximo do Gabinete de Crise, voltou a recorrer a duas figuras ligadas à Universidade do Minho para desenvolver a economia local.
No caso de Carlos Bernardo, o autarca diz que a escolha “teve em conta o alto nível de competência que a implementação do Plano de Ação para a Transição Económica exige”, assinalando que o antigo vice-reitor “teve um papel decisivo na implantação e consolidação da Universidade do Minho em Guimarães e na ligação da academia ao tecido empresarial, quer durante o tempo em que esteve à frente da Escola de Engenharia, quer enquanto vice-reitor e pró-Reitor”.
Já Pedro Arezes foi designado ao lugar uma vez que “grande parte dos investigadores que estão ligados às várias medidas do Plano de Acão estão ligados a projetos de investigação com ligação à Escola de Engenharia”, acrescentando que esse facto, “aliado à competência que lhe é reconhecida, fazem com que o seu contributo seja inestimável para o sucesso dos projetos em causa”.
Em declarações prestadas ao próprio município, Domingos Bragança revela que as duas escolhas foram recomendadas por António Cunha e validadas pelo autarca, reconhecendo que Carlos Bernardo e Pedro Arezes “estão entre os melhores”.
Plano de Ação tem 5 medidas de curto prazo e 10 de médio prazo
Na reformulação do Gabinete de Crise, o município de Guimarães informa que o plano de ação delineado pela estrutura, que conta com cinco medidas de curto prazo e 10 de médio prazo, será dividido entre várias componentes.
Na componente imaterial das medidas, o vereador do desenvolvimento económico Ricardo Costa coordenará os apoios públicos, e o quiosque eletrónico; na componente dos projetos colaborativos o coordenador será Raúl Fangueiro, docente da EEUM e coordenador da plataforma Fibrenamics; na agricultura sustentável, o docente e vice-presidente da EEUM António Vicente; na agenda digital, talento, empreendedorismo e criatividade o coordenador será Alexandre Mendes – antigo director-executivo da Startup Braga.
No que diz respeito aos projetos que envolvem a reabilitação de equipamentos, Pedro Arezes será o responsável pelo projeto da antiga Fábrica do Arquinho, na Caldeiroa, António Pontes, docente da EEUM e coordenador da parceria UMinho – Bosch, pelas futuras valências da antiga Fábrica do Alto, em Pevidém, Rui Oliveira, docente da EEUM, pelo componente do Plano de Ação relacionada com o AvePark, e Maria José Fernandes, Presidente do IPCA, pelo projeto da Escola-Hotel, a funcionar na Quinta do Costeado, na Cruz de Pedra.
Fonte: RUM